Eu era assinante de uma determinada revista, e quando me mudei para o bairro do Cambuci, região central da Capital de São Paulo, transferi essa assinatura para o meu novo endereço.
Na primeira semana, recebi a revista normalmente. Na segunda semana, também. Na terceira, falhou. Na quarta, também. Liguei para a editora reclamando, dizendo que não estavam entregando a revista em minha residência. Eles verificaram no sistema e disseram que estavam entregando sim, mas que possivelmente estaria sendo extraviada por outrem. Então, eles sugeriram que o entregador tocasse a campainha toda vez que fosse realizar a entrega.
No início, deu certo. O problema é que algumas vezes eu não estava em casa para receber. E não tardou para que a revista começasse a falhar.
Mas antes que eu pudesse reclamar com a editora, em um sábado, quando cheguei em casa, me deparei com o saco onde a revista vinha embalada vazio, e com a etiqueta com meu nome, amassada, tudo num cantinho.
Não havia dúvidas. Algum vizinho estava descaradamente furtando minhas revistas.
Depois de algum tempo, descobri quem era ao ver que a revista furtada estava em cima de um móvel, perto de uma janela do apartamento dele.
Curiosamente, este vizinho bate panela todas as vezes que a Presidente da República faz algum pronunciamento na televisão.